INAUGURAÇÃO DO MUSEU DO SURF CONSOLIDA NOVO DESTINO TURÍSTICO DE CABO FRIO
No último sábado, 20 de outubro, foi inaugurado o novo Museu do Surf na cidade de Cabo Frio. O museu, que já existia há mais de 15 anos, ganhou novo espaço, com dois andares, em frente ao Teatro Municipal, localizado na recém-inaugurada Praça da Cidadania.
Não é exagero afirmar que o espaço vai se tornar um novo destino turístico para a cidade. Todo o acervo, que pertence ao idealizador e curador Telmo Moraes, inclui mais de 400 pranchas de vários lugares do mundo, miniaturas, esculturas, quadros, troféus, revistas, skates, documentos e até carros, que representam espaços interativos para o visitante tirar fotos ao volante, como se estivesse indo curtir um dia sobre as ondas.
O visitante também encontra um painel com fotos da ressaca que atingiu a orla da Praia do Forte em 2010, além de poder ganhar uma caricatura feita em 10 minutos pelo artista visual Plácido.
Telmo fala sobre a importância do novo espaço para a cidade e conta sua expectativa com o novo ponto turístico em Cabo Frio: "São 17 anos de trabalho e nesse período conseguimos mostrar o potencial turístico que o surf tem, acima do esportivo. Nós temos batalhado pra mostrar isso há todos esses anos e agora culminou com esse espaço lindo, cedido pelo prefeito Marquinho Mendes, a quem nós agradecemos imensamente pelo carinho e respeito com o surf, foi um golaço de placa. Daqui pra frente é isso que a gente espera, casa cheia, eventos, exposição em cima e em baixo, uma grande atração para a cidade", afirmou.
Um dos nomes mais respeitados no mundo do surf e representados na exposição é Victor Ribas, ídolo local da modalidade. Ribas prestigiou a inauguração do Museu e, do alto de sua história no esporte, afirmou que o novo espaço se tornará referência não só para Cabo Frio, mas para o Brasil, muito em breve: "Cabo Frio sai na frente. No Brasil é uma coisa pioneira, não existe em nenhuma outra cidade. É mais uma atração turística que Cabo Frio oferece. Aqui está contada a história do surf mundial, tem coisas aqui que poucas pessoas têm acesso, são coisas únicas. O Telmo e a cidade, pela conquista, estão de parabéns. Eu fico feliz por ter contribuído, foi aqui em Cabo Frio, onde tem o lindo presente que eu ganhei, que foi uma estátua minha, que eu comecei a dar meus primeiros passos no surf e me orgulho muito disso", falou o presidente da Associação Municipal de Surf de Cabo Frio.
Mas, entre tantas peças expostas ao público, o que se destaca e não pode deixar de ser visto pelos visitantes? Com a palavra, Telmo Moraes: "Literalmente tudo. Tudo aqui tem uma importância particular, desde uma prancha moderna, uma foto, um cartaz, até um pequeno chaveirinho da Pier, feito de fibra na década de 70. Nós temos uma prancha de 1920, pranchas da década de 40, 50, quadros com pôsteres de campeonatos pelo mundo, troféus... tudo merece ser visto com muita atenção e carinho pelo visitante", declara. Embora algumas peças tenham sido presenteadas a Telmo por amigos shapers e surfistas profissionais, a maior parte do acervo não foi adquirida por meio de doações: "Infelizmente a doação é uma prática muito tímida no Brasil. Esse acervo eu consegui mais comprando, sofrendo e revertendo todo o dinheiro que eu movimento com o meu trabalho, seja na Secretaria de Turismo, seja como locutor ou artesão, em aquisição de peças para o museu", explica.
O espaço, que conta também com um stand para a compra de alguma lembrança do museu, ainda não está totalmente acabado e vai ganhar um bar temático, biblioteca, livraria, café e sala de vídeo. O visitante poderá conferir toda a riqueza histórica do acervo de domingo a domingo, a partir das 10 horas. O preço do ingresso ainda não está definido, mas deve ficar entre R$3 e R$5.
Julio Avila
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